Opinião

Airton Monte – Totonho Laprovitera

A Sônia Castelo Branco Monte.

“Aos domingos, escancaro todas as janelas da casa e da alma.” (Airton Monte)

Escritor e médico psiquiatra, Antonio Airton Machado Monte nasceu em Fortaleza em 1949. Além de cronista, contista, poeta, letrista, teatrólogo, comentarista de rádio e redator de televisão, Airton era um formidável papo e ser humano da mais alta categoria. Sentar à mesa com ele valia a certeza de grandes tirocínios de vida e de boas gargalhadas. Torcedor apaixonado do Botafogo, do Fortaleza e da Seleção Brasileira, ligeiro e certeiro com o dom da palavra, espalhava inteligência com o seu prazenteiro bom humor.

Eu dava o maior valor me achar com o amigo Airton. Era quando a gente mangava da tristeza e rebolava as dores no mato ao praticar a alegria da vida corriqueira, simples e boêmia. Airton da Gentilândia, do Benfica, do Jardim América… Airton da Praia de Iracema. Airton do Clube do Bode, Airton de toda Fortaleza!

Pois bem. Certa vez, o Carlos Augusto Viana me convidou para almoçar em um domingo, um peixe especial que a sua amada Laéria iria preparar. Quando cheguei com a Elusa, estavam Victor Samuel, Rodrigo Levi, João Soares e Airton Monte.

Lá, pelas tantas, tocou o telefone para o Airton e ele atendeu. Era uma aflita paciente dele, dizendo-se atormentada e que estava na janela. Daí, ele começou a orientá-la:

E de tanto a paciente insistir em explicar, o Airton cedeu:

Airton partiu em 2012, aos 63 anos, bem no dia da eleição na Academia Cearense de Letras para a vaga do poeta Barros Pinho, a qual concorria. Não ganhou, mas se imortalizou na história da cultura cearense!

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