Opinião

A vitória foi do Estado

O Otimista
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O Estado foi o vitorioso na guerra encerrada na noite de ontem. Nos referimos, aqui, não só ao Ceará, mas também ao ente abstrato e soberano no qual estamos inseridos. 

Sem anistia, a Carta Magna foi respeitada. Sem se curvar, o estado democrático de direito foi preservado. Por diálogo, engajaram-se os três poderes. Chegaram a um acordo com os amotinados oferecendo pouco além de garantias previstas em lei: processo legal sem perseguição e apoio de órgãos como a Defensoria Pública. 

Em paralelo, o Governo jogou duro. Fez certo: cortou remuneração, abriu investigação e deteve os insubordinados. O golpe final foi dado na última sexta-feira (28), com o envio de projeto de lei que proíbe a anistia. 

Dessa forma, pôs fim a um movimento que há muito deixou de ser por reajuste salarial ou condições de trabalho. E que legitimidade nunca teve, não só por afrontar a Constituição, mas por apontar armas contra os que deveriam proteger. 

Houve quem não achou suficiente e defendeu a paralisação até o fim da Garantia da Lei e da Ordem, prevista para a próxima sexta-feira (6). A estratégia, diziam, era para encurralar o governador. Mas encurralados continuaríamos todos os cearenses. Foram
voto vencido.

Uma vitória do Estado significa abalo aos que tentaram subvertê-lo: políticos fardados que usaram a tropa como massa de manobra. Eles incitaram o motim, prometeram ganhos, falaram em heroísmo. Balela. A sociedade percebeu. A corporação também. O sumiço de uns e a postura vacilante de outros foram questionados dentro de fora do 18º Batalhão, uma espécie de quartel general dos amotinados. Caíram na própria armadilha. Que sirva de lição. 

O Ceará e, acima de tudo, os cearenses não podem ser reféns da politicagem.

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