Opinião

A moda e o metaverso: um admirável mundo novo

Metaverso

Avatares, desfiles virtuais e digitais, novas moedas e itens de consumo que só existem na tela do smartphone. Parecem palavras e expressões de um filme de ficção científica, mas são expressões do metaverso, que já está entre nós e parece ter vindo pra ficar! Mas, afinal, o que é o tal metaverso?

O termo pode ser definido como uma rede de mundos virtuais, que tenta replicar a realidade, com foco na conexão social. Estes mundos paralelos existem a partir da utilização de tecnologias como realidade aumentada e virtual, trazendo aos usuários verdadeiras imersões em universos paralelos! Do entretenimento a alimentação, praticamente todos os segmentos já possuem iniciativas neste metaverso e a moda, claro, é um grande player neste novo mundo.

O termo e o movimento em si não são de fato tão recentes, embora após a pandemia o metaverso tenha crescido exponencialmente e ganhado a atenção e curiosidade do mundo todo após o anúncio da entrada de Mark Zuckerberg e do Facebook com investimentos pesados nestas tecnologias. Desde a criação dos primeiros vídeo-games e com o sucesso de jogos e plataformas como “Second Life”, este futuro que só era imaginado em filmes de sci-fi vem se desenhando e chegando de mansinho em nossas vidas e dia a dia…

Moda virtual X negócios reais

Com a aderência em massa de algumas das maiores e mais exclusivas marcas de moda do mundo, o Metaverso fashion já é uma realidade que movimenta pessoas, negócios e muito dinheiro. Em março deste ano aconteceu em Ethereum (não é um país, e sim um território virtual!) a primeira Metaverse Fashion Week, que reuniu mais de 60 marcas e algumas consagradas como Tommy Hilfiger, Dolce & Gabbana e Elie Saab. Além disso, Balmain lançou uma coleção de Produtos exclusivamente digitais em parceria com a Barbie, Nike adquiriu a empresa de sneakers digitais RTFKT e Dolce & Gabbana, com o marketplace de luxo UNXD, leiloou uma coleção de nove peças virtuais (cinco delas também físicas) pelo equivalente a US$ 6 milhões, sendo considerados os tokens de moda mais complexos criados e oferecidos até agora.

NFTs e criptomoedas

Mas como assim peças virtuais? A gente explica! O que está na passarela e nas vitrines destas renomadas marcas são os chamados produtos NFTs ou “non-fungible tokens”. Os tokens não-fungíveis são uma espécie de certificado de autenticidade e propriedade de bens digitais, permitindo que os artigos virtuais se tornem únicos e exclusivos. Com os itens pagos em criptomoedas ou em dinheiro “de verdade” no cartão de crédito, o usuário passa a possuir estes itens e vestir seu próprio avatar dentro, claro, do metaverso e de plataformas especializadas em realidade virtual!

As embaixadoras

Elas são consideradas verdadeiras “embaixadoras” do metaverso. Com milhões de seguidores pelo mundo todo, fazem sucesso como blogueiras de altíssimo ranking, mas com uma diferença essencial: elas são 100% digitais! Ou seja, são avatares criados por pessoas ou empresas e que participam ativamente do universo das redes sociais, influenciando o comportamento de pessoas reais, fazendo público e parcerias e ganhando dinheiro de verdade! Alguns exemplos que vale a pena “espiar” e conhecer são: Miquela (@lilmiquela), Imma (@imma.gram), Noon Nouri (@noonnoouri) e a brasileríssima Lu do Magazine Luiza (@magazineluiza), que atualmente é a influencer virtual mais seguida do mundo, com 6 milhões de seguidores!

Você no metaverso!

Já deu pra ver que o metaverso traz diversas oportunidades e que fazer parte deste universo já traz muitas vantagens e descobertas. Mas, como adentrar o metaverso e participar ativamente dele? Para isso, os usuários contam com a ajuda de gadgets que vão desde os mais básicos como o Lensa, que cria avatares virtuais e virou febre recentemente, até carteiras estritamente digitais, óculos de realidade virtual e bancos de criptomoedas. É preciso inicialmente se conectar a algumas dessas plataformas, criar seu avatar virtual e, aí sim, ir se jogando aos poucos (ou aos muitos) nesse admirável mundo novo…

Pode parecer bem confuso e até meio impossível para quem é de gerações mais antigas, mas o fato é que em 2022 o metaverso é uma realidade crescente e um fenômeno que não pode mais ser ignorado. Se este boom vai crescer, estagnar ou simplesmente ir desaparecendo feito moda passageira? Esta é uma pergunta que fica para os olhos atentos do futuro! Deixo aqui então a pergunta: e aí? Deu vontade de dar uma voltinha pelo metaverso?

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