Opinião

A Belina do viajante – Totonho Laprovitera

A Genaro Lopes Andrade.

“Um profissional é aquele que faz o seu melhor trabalho quando menos vontade tem de o fazer.” (Frank Lloyd Wright)

Sucedeu em meados dos anos 1990. Eu estava com uma turma no bar da Trombose, em Orós, quando um viajante chegou em uma bem conservada Belina. Sentou à mesa, pediu uma cerveja e, antes de começar a beber, foi interrompido pelo desajuizado Damião, ilustre lavador de carros da cidade.

Conversa vai, conversa vem, no maior gosto, o tal do viajante não parava de falar sobre o zelo que tinha por sua camioneta.

Lá pelas tantas, Damião apareceu.

E vendo o esforçado lavador, com o balde d’água seco e espremendo a flanela encharcada, o viajante puxou a cédula de dois reais e falou:

Foi quando Picareta gritou: – “Chega Eliseu Filho, que Damião verteu o açude todinho pra dentro da Belina do cidadão!”

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