Investidores têm optado por franquear um negócio dada a segurança de aceitação do produto ou serviço oferecido
Lucas Braga
economia@ootimista.com.br
Com menor rentabilidade de aplicações tradicionais, as empresas franqueadoras defendem o ramo como opção de investimentos. No período pré-pandemia – primeiro trimestre deste ano -, o número de unidades franqueadas no Ceará havia crescido 9%.
Mas como essas empresas conseguiram lucrar e crescer este ano? Com a pandemia, a digitalização dos negócios foi, assim como outros setores, saída para continuar faturando. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o e-commerce já é realidade para 70% das franqueadas, contra 61% em 2019.
Para Heitor Viana, especialista em franquias e consultor empresarial, a perspectiva de contínua recuperação econômica até 2021 é sinal de segurança a investimentos no ramo, seja com lojas físicas ou virtuais. “Será um ano de muitas oportunidades, mas as empresas estão e estarão adequando processos, vendas e produtos para conviver com essa nova realidade”, analisa.
Ele explica que muitos investidores optam por franquear um negócio dada a segurança de aceitação do produto ou serviço oferecido. “É diferente de introduzir um produto novo. Com a franquia, formato, metodologia, fornecedores, planejamento e acompanhamento estão garantidos. E a depender do tipo, pode ter implementação rápida, com estrutura física pronta entre 60 e 120 dias”, aponta.
As marcas já consolidadas com seus procedimentos, estrutura e know-how, fortalecem a implementação e a gestão do negócio, como concorda Ricardo Coimbra, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon). “A franquia é vantajosa para o investidor que busca menor risco, com perspectiva de retorno em determinado período. O assessoramento e a penetração da marca ajudam, nesse momento de retomada e incertezas. Começar do zero pode ser mais difícil”.
O economista sugere que os iniciantes no ramo discutam as áreas de atuação da atividade desejada, fazendo também pesquisa sobre demanda e público-alvo. “Compreender o mercado é essencial na tomada de decisão e para maiores chances de sucesso no investimento realizado”, didatiza Ricardo.
Oportunidade individual em alta
Outro modelo mais acessível é a franquia individual, no qual o investimento é mais baixo e o início do trabalho é praticamente imediato após a capacitação da empresa franqueadora. Uma das implementadoras desse formato de trabalho no Ceará é a corretora de seguros Affinity, especialista em seguros de vida. Ao se tornar franqueado, o profissional passa a ser independente, com a ideia de ser “seu próprio chefe”.
Análise de mercado
Luiz Cláudio Ferme, sócio-proprietário do grupo Affinity, que existe há 27 anos, explica que a ideia de franquear a corretagem se deu após análise de mercado e percepção dos altos custos de contratação. “O regime de CLT é bom para o trabalhador e para o empregador, mas a tributação é muito alta. Esse funcionário, produzindo ou não, recebe igual, quando tem carteira assinada”.
Dessa forma, a empresa percebeu que, com as franquias acessíveis, poderia expandir a atuação e os lucros. “Outras corretoras já trabalham com esse formato, mas nosso diferencial é a acessibilidade, o baixo custo operacional”, explica.
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