Primeira fase do empreendimento tem previsão de conclusão em dezembro. A partir do início das operações, devem ser gerados mais de 500 empregos diretos
Lucas Braga
economia@ootimista.com.br
A VCI SA, incorporadora responsável pelo Residence Club at the Hard Rock Hotel Fortaleza, na praia da Lagoinha, fechou operação de financiamento de R$ 71 milhões com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O contrato foi assinado em evento na manhã de ontem (21), no Hard Rock Cafe.
Os recursos, provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), ajudam a gerar emprego e renda para a região, ao fomentar o empreendimento turístico. Após o início da operação, o hotel prevê gerar pelo menos 538 empregos diretos e 2 mil indiretos, além de colocar a praia de Lagoinha na rota dos destinos turísticos internacionais, com a marca Hard Rock Hotel.
Secretário do Turismo do Estado, Arialdo Pinho avalia que a evolução do empreendimento acompanhará a retomada plena das atividades turísticas. “O investimento do BNB é muito importante, principalmente neste momento de dificuldades. Estamos aguardando a vacinação para voltarmos com força total. O apoio do banco a longo prazo é prova da confiança na melhoria do cenário da saúde, na geração de empregos e na volta do setor”, diz, lembrando da atratividade alcançada pelo Estado com a presença de uma marca de peso internacional.
Investimentos
A VCI tem uma carteira de clientes de R$ 760 milhões e deve ultrapassar a robusta casa de R$ 1 bilhão ainda em 2021. O hotel no Ceará representou cerca de 25% do VGV de todas as operações imobiliárias do Estado no ano passado, conforme dados da FIPE.
Esses números foram considerados pelo BNB na análise criteriosa para a concessão do crédito, de acordo com Rodrigo Bourbon, superintendente do banco. “Percebemos que a concepção do empreendimento é diferente, que trará inovação ao Estado, compondo o trade turístico já consolidado no Ceará. O grupo mostrou a viabilidade do negócio, análise técnico-financeira, suficiência das garantias e tudo atendeu aos parâmetros do banco”, dialoga.
Os recursos do FNE são voltados à redução das desigualdades sociais e regionais e à promoção de investimentos produtivos que impulsionem o desenvolvimento econômico. “Os juros do Banco do Nordeste são diferenciados, com um componente fixo e um componente que segue a inflação, acompanhando o mercado. Os juros baixos são atrativos aos investidores na nossa região”, pontua Bourbon.
Samuel Sicchierolli, presidente da VCI Investimentos, destaca que o resort terá primeira fase entregue já em dezembro deste ano. A incorporadora aproveitou o momento de juros mais baixos e subsidiados, além de melhores condições, como carência de pagamento, para garantir o capital estratégico.
“Acaba não sendo um recurso adicional, mas estamos trocando a origem do aporte para acelerar as obras. Faríamos o investimento com recurso próprio, mas com o financiamento o recurso da empresa terá nova destinação”, comemora o executivo.
O empreendimento opera no sistema de multipropriedade, no qual os compradores podem comprar frações de tempo (duas semanas ou mais) para usufruírem do equipamento por ano e ainda têm direito a intercâmbio em mais de 4,3 mil destinos onde a rede está presente. No hotel localizado na Praia da Lagoinha, 9% dos clientes são europeus; 25%, paulistas; e 44%, cearenses.
“A hotelaria tem alta ocupação em alguns períodos e baixa ocupação no resto do ano. Isso acontece no mundo inteiro. Esse sistema possibilita otimização de recursos e vai virar padrão de mercado nos próximos cinco anos mesmo já existindo há décadas”, completa Samuel.
A VCI experienciou salto na comercialização, mesmo em meio à pandemia, com a startup 2Share, plataforma com modelo de vendas online e franquias para empreendedores imobiliários. A aposta na migração de investimentos para o ramo de real estate e multipropriedade pelo consumidor de alto padrão se mostrou acertada com salto de 90% nas vendas online da bandeira Hard Rock no Brasil.
A empresa investiu para sustentar a confiança do modelo de negócio, valorizando os projetos. Em março, com o lockdown, a companhia investiu R$18 milhões na recompra de cotas de clientes inadimplentes, distratando os acordos. As frações se valorizaram pelo menos 44%.
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