Economia

A incorporadora Terra Brasilis espera um crescimento no pós-crise da procura por imóveis horizontais. Quem está traçando as estratégias desta nova fase é o executivo Ricardo Alexandre, que trabalha com inteligência imobiliária desde 2006. Ele explica que o isolamento contribuiu para que as pessoas priorizem o bem estar, por isso “deve aumentar gradativamente a procura por casas, um quintal se tornou um sonho de consumo”. “O momento do mercado será perceber que com o valor que se paga por um apartamento na Aldeota, se mora em uma excelente casa, projetada de acordo com as suas necessidades, com natureza e o custo de condomínio em torno de R$ 0,77 por metro quadrado, como nos empreendimentos Terra Brasilis”. Ricardo afirma que haverá impacto da crise “não só no mercado imobiliário, mas é preciso saber olhar para as oportunidades, elas existem”, mas que o grupo “continua projetando, porém estamos reformulando o formato dos lançamentos, como vamos trabalhar nesse momento mais digital, mas de forma nenhuma vamos deixar de lançar, estamos em ajuste de ferramentas que se adequem a esse momento que estamos vivendo, a novas necessidades do mercado”. Além da entrega do loteamento Jardins, no bairro planejado Terra Brasilis, no Eusébio, a empresa prepara a ampliação do “projeto de construção de casas, inclusive, personalizadas”.

Retorno às mídias confiáveis
Convidado para a live do Lide de ontem (4), que discutiu mudanças no comportamento do consumidor e da comunicação no pós pandemia, o publicitário Márcio Oliveira, da gigante da propaganda R/GA, aponta que a crise e o crescimento de fake news mostram “uma corrida imediata para fontes seguras”, o que faz com que as mídias consolidadas voltem a ganhar espaço frente à redes sociais. “Há uma mudança no consumo e na maneira como se atinge as pessoas, que estão ávidas por informação, analisa.

Relacionamento
De acordo com Oliveira, a atual crise criou “oportunidade para as pessoas gerarem experiência e relacionamento, isso só pode fazer se trabalhar conhecimento” e, enquanto as empresas corriam para ganhar mercado, agora será preciso “montar uma base de conhecimento, tratar dados e conhecer o cliente”.

Modelo híbrido
Também convidado para o encontro do Lide, Marcos Quintela (VMLY&R Group) acrescentou que grandes influencers “mexem 12,65% do mundo digital”, o resto das vendas distribui-se entre “sites e ativações fora da mão desses influencers”, portanto as estratégias de propaganda devem se voltar para todos os meios. “Eu acho que o modelo híbrido será a solução”, conclui.

À espera do “novo antigo”
Um dos debatedores da live do Lide, o fundador do Grupo Pague Menos, Deusmar Queirós, defendeu que o home office não será tão predominante com a retomada das atividades e que pode, inclusive, “matar alguns segmentos”, como lojas de rua e shoppings. De acordo com ele, trabalhar de forma isolada “diminui a cratividade, diminui o comércio, diminui o lazer, diminui tudo!”. Deusmar completa que “o home office é um paliativo, como é o delivery, como é o e-commerce, eu quero gente na minha loja, na entrega a domicílio não tem a venda por impulso”, admite. O empresário vaticinou: “eu não acredito que o home office vá ter a dimensão que estamos dando para ele, eu gostaria do meu ‘novo antigo’, de uma mudança não tão radical”.

Centro Fashion monta comitê para reabrir no dia 10
Concentrando normalmente um grande fluxo de comerciantes e vendedores, o Centro Fashion Fortaleza montou um comitê de crise para garantir uma reabertura segura, a partir do dia 10. Entre as providências, campanhas educativas e de divulgação do app Feira Digital, sinalização para distribuir o fluxo e garantir distância de dois metros, higienização diária do complexo, utilizados tapetes com produtos para higienização e desinfecção dos sapatos e aferição de temperatura nas entradas.