Economia

Para fazer um diagnóstico mais preciso dos impactos da pandemia de Covid-19 na atividade econômica local, a Fecomércio Ceará lançou na última semana uma pesquisa virtual com empresários de diferentes setores. O formulário, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) e disponibilizado no site da federação, leva apenas dois minutos para ser preenchido. “É uma iniciativa para ouvir todos os empresários dos setores de comércio, serviços e turismo e, diante dos dados coletados, ter subsídios para as tomadas de decisão e até mesmo para as reivindicações, que são pertinentes aos empresários”, explica o presidente da Fecomércio, Maurício Filizola.

De acordo com ele, “é muito mais fácil, de porte dessas informações, verificar quais são os setores mais atingidos e os percentuais de perdas para que a gente possa sentar e traçar estratégias de proteção das empresas e dos empregos dos nossos colaboradores”. Filizola vê o momento como um “desafio” para empresários, governos e colaboradores: “temos que preservar as vidas e ao mesmo tempo fazer com que as empresas possam permanecer no mercado, e para isso é preciso ter um diagnóstico mais preciso e dar respostas para este momento desafiante para toda a cadeia produtiva”.

Apelo do setor produtivo
Em carta assinada por onze entidades empresariais (Fiec, Faec, Fecomércio, CDL, Sindlojas, Sebrae, Femicro, Abih, Fetrans, Acc e FCDL), o setor produtivo cearense pede ao governador Camilo Santana medidas contra a crise econômica trazida pela pandemia de Covid-19. Entre elas estão dispensa do pagamento da parte estadual do Simples por 180 dias, parcelamento do ICMS e flexibilização de atendimento a exigências de fiscalizações. Na carta, frisam que “a preocupação com a saúde das pessoas e a contenção da propagação viral são os pilares de qualquer programa governamental a ser implantado temporariamente no país”.

Concessão adiada

Inicialmente marcada para o dia 27 de março, a abertura das propostas de concessão do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto do Mucuripe foi adiada por prazo indeterminado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “A Antaq só vai decidir a nova data quando a situação provocada pela Covid-19 no Brasil se normalizar”, afirma a presidente da Companhia Docas do Ceará, Mahyara Chaves. Já o pregão eletrônico para uso da retroárea do Cais Pesqueiro, que também seria realizado no dia 27, foi transferido para o dia dois de abril. O lance mínimo para exploração do espaço, com quase 12 mil m², continuará sendo de R$ 3,4 milhões por 20 anos.

Férias coletivas
A linha de produção da Mallory, em Maranguape, vai parar completamente até o próximo dia 29. A empresa, que produz no Ceará ventiladores e eletroportáteis, deu férias coletivas para todos os funcionários da fábrica e direcionou os outros setores para o trabalho remoto. No período, as vendas pelos meios eletrônicos funcionarão normalmente.

Drive-thru
Começa hoje (24) o esquema drive-thru para vacinação de idosos contra gripe na Universidade de Fortaleza (Unifor). A Fundação Edson Queiroz, mantenedora da universidade, é parceria da Prefeitura de Fortaleza na campanha. Além da vacinação dentro do carro, a Unifor tem três postos de vacinação no campus, instalados ao ar livre, para evitar disseminação de Covid-19.

Estoques dos supermercados normais

Após reunião com representantes da Associação Cearense de Supermercados (Acesu) sobre o cumprimento das determinações sanitárias contra a Covid-19, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), descartou risco de desabastecimento no estado e garantiu que não é preciso estocar alimentos. “Estamos em uma posição de tranquilidade, os empresários garantem que não há risco de desabastecimento no Estado”, afirma.