Economia

Novo plano de desenvolvimento industrial da Fiec foca nas necessidades dos empresários

Ricardo Cavalcante avalia que o plano em desenvolvimento atualmente será mais exequível e próximo das necessidades, já que é condtruído por industriais que pedirão apoio aos governos

Após organizar parcerias para ações que diminuam os efeitos da pandemia de covid-19 no Ceará, seja por meio da Fiec Salvando Vidas, ou das inovações como o elmo respiratório e o conserto de respiradores feitos pelo Senai, a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) se volta agora para traçar um novo caminho para a indústria cearense, a partir das potencialidades locais e das necessidades dos empresários. Seu presidente, Ricardo Cavalcante, afirma que “a gente precisa olhar o que vai acontecer depois”. Para isso, foi criado o grupo de economistas e empresários que deve entregar em setembro, para os governos municipal, estadual e federal, um nova proposta de política industrial para o Estado. Esta proposta será o presente de 70 anos da federação, completados em maio, para o Ceará. “Estamos discutindo o futuro da indústria, pós pandemia, a curto médio e longo prazos”, resume.

Para Cavalcante, é fundamental o envolvimento do empresariado neste plano. “Ninguém vai investir em uma política que o estado vai desenvolver. O que queremos é fazer o que o mundo todo faz: a indústria desenha o seu caminho, solicitando aos governos apoio nesse caminho, para desenvolver renda, progresso e qualificação, melhorando as condições de vida de todos”, resume. O industrial acredita que o Ceará “tem uma vantagem perante os outros estados muito grande”, devido à Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Pécem, a única em funcionamento no Brasil; e também por conta das suas infraestruturas de logística – a sociedade do Porto do Pecém com o de Roterdã e a administração do aeroporto de Fortaleza pela alemã Fraport – e de dados, já que por Fortaleza passam 14 cabos submarinos de fibra ótica, o segundo maior número do mundo.

M. Dias planeja exportar o dobro
A pandemia impulsionou as exportações do grupo M. Dias Branco, que espera dobrar seus resultados em 2020 na comparação com o ano anterior. Em 2019, houve ampliação de 24% no volume exportado em relação a 2018. “Alguns países com restrições locais acabaram vindo buscar importações de outros países, como o Brasil, evidentemente, pelo nível do seu parque industrial. Passamos a ter uma relevância muito maior”, explica Rômulo Dantas, vice-presidente comercial do grupo, que tem no mercado internacional um dos seus pilares de expansão.

Reforma tributária só em 2021
Ao participar de reunião virtual com a diretoria da CDL de Fortaleza, na sexta-feira (26), o senador Tasso Jereissati (PSDB) afirmou que a tão esperada reforma tributária deve tramitar no Congresso somente no ano que vem e também lamentou que o governo federal não se interesse em promover uma reforma abrangente. “Nunca uma reforma desse tipo partiu do Congresso. É natural que o Executivo envie a proposta, afinal a Receita Federal é quem deve fazer os cálculos. Mas, o ministro Paulo Guedes não tem interesse em uma proposta ampla que mude o sistema de tributação. Ele quer apenas criar uma nova CPMF e desonerar a folha de pagamentos das empresas”, lamentou.

IPO Pague Menos
A rede de farmácias Pague Menos protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido para abertura de oferta pública inicial de ações (IPO). Os detalhes da oferta serão definidos pelo conselho, informou a empresa. “A Oferta está sujeita à concessão do registro pela CVM e às condições de mercado”, diz o comunicado da rede.

Sob nova direção
Além do IPO, a Pague Menos anunciou a empresária Patriciana Queirós como nova presidente do Conselho de Administração. A transição foi “em alinhamento com as melhores práticas de governança corporativa, em especial no que diz respeito ao avanço da representação das mulheres na liderança empresarial brasileira”, destaca o comunicado.

Mallory integra parceria para desenvolver respiradores
Um novo protótipo de aparelho de respirador, mais econômico que os encontrados atualmente no mercado, está sendo desenvolvido no Ceará, em uma parceria envolvendo a indústria de eletroportáteis Mallory, a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Funcap) e o Senai. A expectativa é que os aparelhos entrem na linha de produção, na fábrica de Maranguape, ainda este ano.

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