Economia

Moura Dubeux vai distribuir pontos de doação nos condomínios e direcionar para o Mesa Brasil

Projeto Condomínio Solidário já fez doações no Ceará e em Pernambuco e deverá ser implantado também em Alagoas e na Bahia

Os condomínios construídos pela Moura Dubeux vão se tornar pontos de arrecadação de donativos que serão distribuídos pelo programa Mesa Brasil, mantido pelo Sesc. A construtora fez um aporte inicial de 500 cestas básicas, afirma o diretor regional da Moura Dubeux, Fernando Amorim. “Estamos fazendo a mobilização nos condomínios e vamos disponibilizar equipes nossas para deixar e recolher cestas nos condomínios, onde os moradores colocam as suas doações em alimentos não perecíveis e o Mesa Brasil faz a distribuição nas comunidades carentes e nas instituições”, explica. Amorim afirma que já foram doadas pela iniciativa Condomínio Solidário “quase mil cestas” em Fortaleza e Recife e que “mais de 30 condomínios aderiram em Recife, em Fortaleza a campanha está só começando e já temos em torno de nove”.

De acordo com a gerente do Mesa Brasil no Ceará, Regina Miranda, os escritórios do programa na Bahia e em Alagoas também vão aderir ao Condomínio Solidário. “O Mesa Brasil atua como um banco de alimentos para garantir a segurança alimentar e atende 280 mil pessoas e 320 instituições só no Ceará”, explica. Desde o início da pandemia, 316 toneladas de alimentos foram doadas no Estado. Regina afirma que toda a logística de doação do Mesa Brasil é feita por meio do Sesc.

A falta que um plano faz
O Brasil precisa de um plano de retomada para evitar uma recessão prolongada e também o retorno da inflação. Este foi o cenário mostrado pela economista Ana Paula Abrão durante a live promovida pelo Lide Ceará ontem (14). Ela avalia que a “injeção necessária” de recursos agora não vai gerar pressão inflacionária a curto prazo por estar “substituindo um recurso que desapareceu”, mas, sem um plano factível, a inflação pode voltar. “Se a gente garantir que as medidas sejam temporárias e que a gente tenha um plano com alguma sinalização que não vá estourar essa relação dívida/PIB de forma indefinida, aí a gente tem o risco de inflação”.

Sem liderança
Abrão, atualmente sócia da consultoria Oliver Weyman e ex-secretária da Fazenda de Goiás, defendeu “um plano de saída que mostre que o país vai retomar os trilhos depois desse aumento necessário de gastos”, porém lamentou que o governo federal não demonstre a liderança necessária para fazê-lo. E para falar em retomada, “é preciso um mínimo de controle na capacidade de disseminação do vírus”.

Fim do isolamento
Para a economista, “Todos os estudos estão mostrando que o lockdown dá resultados melhores”, e avalia que sem um plano em fases e com com controle rigoroso, “junto com a economia que já desacelerou, tem o descontrole do número de mortos.” “Aí é o pior do mundos, a gente nem salvou as vidas e nem salvou a economia”.

Estado terá papel indutor
Também debatedor na live do Lide de ontem, o secretário da Casa Civil do Ceará, Élcio Batista, avalia que, apesar de “estar melhor organizado”, o Ceará perderá com a pandemia “poupança que tinha para novos investimentos” e precisará “de um auxílio da União para aumentar o nosso espaço fiscal e poder contrair empréstimo para que o Estado seja a alavanca que vai retomar o crescimento”. Para isso, está sendo montada uma estratégia para que o “Ceará possa pactuar com os empresários uma nova economia”. Ele adiantou ainda que o plano de reabertura das atividades econômicas será apresentado na próxima semana e se dividirá em quatro fases com 14 dias cada, aproximadamente.

BNB prorroga vencimentos do Crediamigo
Os vencimentos das prestações das parcelas do Programa de Microfinanças Urbanas – Crediamigo, do Banco do Nordeste, foram prorrogados pela terceira vez. Todos os vencimentos entre 19 de maio e 18 de junho foram prorrogados por 30 dias, com combrança de encargos contratuais. O motivo é o prolongamento do isolamento social, que prejudicou o caixa das empresas. Além disso, é oferecida a revitalização do crédito, com 60 dias para pagamento da primeira parcela. Apenas este ano o Crediamigo movimentou R$ 3,3 bilhões em novas operações.

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