Economia

Meios digitais serão responsáveis por metade das vendas de carro zero, afirma Sílvio Palácio

Lançamentos da Audi e da VW, além de facilidades de financiamento, devem acelerar a recomposição do setor automotivo

Cerca de metade das negociações de carros novos no grupo Palácio de Queiroz – Audi Center (Fortaleza e São Luiz), Volkswagen Fazauto e Promaq (João Pessoa) e Honda Nossa Moto – devem passar a ser feitas por meios digitais. “A expectativa é que esse número, que era entre 10% e 20% antes da pandemia, passe a ser em torno de 50% já nos próximos meses”, afirma o presidente do grupo, Sílvio Palácio. Segundo o empresário, fatores como “taxas de juros, que nunca estiveram tão baixas”, lançamentos e campanhas agressivas das montadoras devem ajudar a levantar o mercado, mas a recuperação de fato será apenas em 2021.

“O cenário muito otimista prevê volta no último trimestre, mas a realidade que estamos trabalhando é que vá acontecer só em um ano. Acredito que no último trimestre as vendas estejam entre 60% e 70% do que era antes da pandemia”, avalia. A previsão de unidades vendidas pelo grupo foi reduzida em um terço: “a gente tinha uma previsão inicial de vender cerca de três mil carros, devemos fechar em dois mil”. No entanto, lançamentos como o Volkswagen Nivus e os novos Audi A4, Q7 e a família RS, de superesportivos, devem reativar a demanda.

Otimismo, apesar do cenário
O secretário do Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, estima que “entre setembro e novembro deve ter mais um pouco de turismo”, mas que “para o setor, é um ano perdido, é a pior crise, não só no Ceará, é mundial”. “Sempre vai ter gente de alguma forma, mas para o que a gente estava esperando e na velocidade que vínhamos crescendo, não. Deve ficar entre 10% e 20% do que tínhamos”. No entanto, não perde o otimismo: “eu sou otimista, sinto que vamos achar o termo e a hora e a medida pra voltar a ter turismo”, conclui.

M. Dias Branco doa R$ 5 milhões
O Ceará recebeu a maior fatia das doações feitas pela M. Dias Branco, por meio da campanha #vocedoaagentedoa, que além de ajudar famílias em dificuldade, estimula a doação voluntária de sangue e plaquetas. No total, foram R$ 5 milhões doados em dinheiro e alimentos para enfrentar a pandemia de covid-19. Só no Ceará, foram 62,2 toneladas. Para cada bolsa de sangue arrecadada nos hemocentros durante o mês de maio, a M. Dias Branco doou 500 produtos ao Mesa Brasil, banco de alimentos gerido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). Foram arrecadadas 7.867 bolsas de sangue, que resultaram em 413,33 toneladas de massas e biscoitos das marcas Adria, Fortaleza, Isabela, Piraquê e Vitarella.

R$ 1,5 bilhão
Entre janeiro e maio, o Banco do Nordeste contratou R$ 1,5 bilhão em novas operações para MEI, micro, pequenas e médias empresas, via Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e ao Empreendedor Individual (FNE MPE). Foram 14,1 mil operações pelo programa, 15,2% a mais do contratado nos cinco primeiros meses de 2019.

No Ceará
O Estado foi responsável por 2,4 mil operações com o fundo, totalizando R$ 269 milhões no período. Foram 544 novas contratações no Estado, totalizando R$ 40,8 milhões. Parte do recurso veio do FNE Emergencial, criado para minimizar os efeitos da crise gerada pela pandemia. Por este fundo, foram realizadas 41 mil operações em todo o Nordeste, totalizando R$ 307,2 milhões.

Porto do Mucuripe adere a sistema unificado
A partir de julho, a Companhia Docas do Ceará, responsável pelo Porto do Mucuripe, vai aderir ao SEI – Sistema Eletrônico de Informações – do Ministério da Infraestrutura. A plataforma permitirá compartilhamento de base de dados e tramitação de processos, reduzindo uso de papel e melhorando a agilidade. A presidente Mayara Chaves afirmou que a mudança será gradual: “todos os processos criados a partir da implantação do SEI serão tramitados eletronicamente e os que já estão em andamento na companhia permanecerão em papel”.

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