Economia

Ações detalhadas da Compre do Ceará – que reunirá empresas dos segmentos industrial e de comércio e serviços – serão apresentadas na próxima semana

Uma campanha elaborada em parceria pelo Sistema Fecomércio e pela Fiec vai incentivar o consumo de produtos e serviços do Ceará. A previsão é lançar a Compre do Ceará nos primeiros dias de junho, coincidindo com a reabertura gradual das atividades econômicas. O presidente da Fecomércio, Maurício Filizola, destaca que estão sendo firmadas outras parcerias e que a ideia “é uma demonstração do nosso aprendizado na crise, colocar mais uma vez a cooperação em prática, é uma ação que levanta o astral do empresariado e da população”. Filizola percebe que “a população está valorizando quem está mais próximo, este é o momento certo para incentivar o consumo local”. Para Ricardo Cavalcante, que preside a Fiec e o conselho do Sebrae, “Neste momento a gente precisa dar valor para as empresas que a gente tem aqui para que o processo de retomada seja mais veloz. Pra gente é muito importante esse trabalho, unindo indústria, comércio e serviços para que o cearense prestigie cada vez mais o produto cearense”. Além da campanha em si, está em estudo o desenvolvimento de uma plataforma de compras online reunindo as empresas que queiram aderir à iniciativa. De acordo com Filizola, a plataforma que a Fecomérico já tem pode ser disponilizada para facilitar também as compras diretamente de indústrias cearenses.

Mais dinheiro na economia real
De acordo com o diagnóstico apresentado pelo economista Roberto Giannetti da Fonseca na live do Lide Ceará realizada ontem (28), a crise atual deve provocar um “tombo entre 5% e 7%” no PIB do Brasil este ano, enquanto “o desemprego vai crescer para algo entre 17% e 20%”, principalmente no setor de serviços. A boa notícia é que com os últimos cortes na taxa Selic, “os juros reais próximos a zero têm um significado na medida em que prestigia o capital produtivo, o que é aplicado na economia real, em vez do capital rentista, que fica retido no mercado financeiro”.

Taxa de equilíbio
Giannetti avalia que a taxa de câmbio ideal é em torno de R$ 5,20 para US$ 1. Ele afirma que desde março “a volatilidade do câmbio está acima do normal”, situação que deve perdurar nos próximos meses. “A taxa de câmbio vai dar um certo nervosismo”, afirmou. Na sua avaliação, “a cotação nominal é uma das mais altas da história, muito próxima do nível de 2002, 2003”.

Keynes Vs. Hayek
Apesar de ser “liberal admirador de Haiek” (economista austríaco), Giannetti concorda que ”o governo às vezes têm que intervir com políticas públicas anticíclicas para tonar mais rápida a recuperação da economia, acho que é hora de esquecer um pouco Haiek e pensar mais em Keynes (defensor do papel do Estado na economia), lembrando do New Deal americano”.

Chacoalhada
Durante o encontro virtual, Emília Buarque fez um desabafo,ou como disse, “uma chacoalhada” no setor produtivo. Para a presidente do Lide Ceará, “os poderes estão ocupados num tom de confronto e por isso não dá para dizer que os problemas econômicos que nós vamos enfrentar serão ocasionados somente pela pandemia”. “Não podemos esquecer que liberdade e democracia têm total relação com a economia. A gente sabe que nas guerras e ditaduras sobram uma economia em frangalhos”, alertou. Emília lamentou ainda que, atualmente, “não conseguimos ter uma coordenação para nos preparar para uma recuperação rápida, sustentável e inclusiva”.

BSPAR lança aplicativo para corretores imobiliários
A BSPAR lança hoje durante live para o mercado imobiliário o Bspar App, voltado para dar suporte ao trabalho de corretores imobiliários. A diretora comercial da incorporadora, Renata Santos, explica que “o aplicativo é uma ferramenta com as informações, book, plantas, tabela, disponibilidade, todas as ferramentas para atender o cliente”. Para ela, ferramenta ajuda os corretores a viver no mercado atual, que traz realidades novas e ainda desconhecidas.