Economia

Equipe de Guedes terá pouco tempo para trabalhar reformas, afirma Marcos Mendes

O apoio do Centrão ao presidente Jair Bolsonaro “parece muito mais um seguro contra o impeachment do que uma mobilização por reforma”

Coluna Adriano Nogueira
adriano@ootimista.com.br

O robusto apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas últimas eleições do Congresso Nacional não deve durar mais do que “uma janela de dois a três meses”, tempo muito exíguo para trabalhar as reformas sob responsabilidade do ministro da Economia, Paulo Guedes. A avaliação é do economista e pesquisador do Insper Marcos Mendes. Na live que abriu a programação 2021 do Lide Ceará, nesta segunda-feira (8), o coautor da proposta do teto de gastos pelo Governo Federal avaliou que “a coalizão com o Centrão parece mais um seguro contra o impeachment do que uma mobilização por reforma” e alertou para o pouco efeito prático que pode ter uma eventual volta do auxílio emergencial.

“O auxílio não deve ser visto como um instrumento para recuperar a economia, é caro para isso e de efeito muito efêmero. É uma espécie de seguro para aquelas pessoas que foram muito afetadas pela pandemia, e não um mecanismo de redistribuição de renda”, disse, acrescentando que não é a medida ideal para combater a desigualdade. Para Mendes, é “desejável, mas não é sustentável”, porque estas ações exigem “políticas estruturais que vão muito além de distribuir dinheiro”. “Tem que ser algo que não seja o aumento da dívida pública, se não o auxílio vai sair pela culatra”, ponderou.

Apoio da iniciativa privada
Quem também participou da live do Lide Ceará foi a médica pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e uma das principais autoridades em covid-19 no Brasil. Ela afirmou que a principal ajuda que o setor privado pode dar é apoiar a logística da vacina para acelerar o processo e vacinar “entre 70% e 80% da população brasileira até setembro”. A cientista também aprovou a ideia apresentada pelo empresário Deusmar Queiroz de aproveitar a estrutura das farmácias para acelerar a imunização.

Hapvida abre 70 novos leitos
O Sistema Hapvida ampilou em 70 leitos a capacidade do Hospital Ana Lima, em Maracanaú. O reforço será para as enfermarias e para UTI. A ampliação é uma resposta aos impactos causados pela pandemia. “Temos uma rede verticalizada, que conseguimos ter o controle de toda a operação, ampliar leitos e fazer adequações sempre que necessário. Não medimos esforços para atender bem nossos clientes”, afirma Carlos Loja, Diretor Executivo da Rede Assistencial. Para além da rede física, o sistema Hapvida vem investindo em consultas à distância. Desde abril de 2020 mais de 250 mil consultas nesse formato foram realizadas. O procedimento é empregado em situações que não são de urgência ou emergência.

Petrobras
A Petrobras fechou a venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para a Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, por US$ 1,65 bilhão. O negócio inclui o parque de refino e seus ativos logísticos. A negociação depende de aprovação pelos órgãos fiscalizadores. A venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, não foi concluída.

Ceará
De acordo com o projeto de venda de ativos da Petrobras, devem ser vendidas ainda as refinarias Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste – Lubnor, no Ceará; Alberto Pasqualini – Refap (RS); Isaac Sabbá -Reman, (AM); Abreu e Lima – RNEST (PE); Gabriel Passos – Regap (MG); além da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.

Luiza Trajano quer viabilizar vacinação em massa
Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza) vai divulgar em breve as ações do movimento Unidos Pela Vacina, criado no Grupo Mulheres do Brasil e que tem o objetivo de “vacinar todos os brasileiros até setembro deste ano”, escreveu em seu perfil do Instagram. “Queremos ajudar a garantir que as vacinas cheguem a qualquer ponto do país, superando todo e qualquer obstáculo. A cada minuto desperdiçado, centenas de vidas são perdidas nessa batalha”, disse a empresária.

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