Economia

Diagonal deve manter programação de lançamentos para 2020 e parceria com a House

Para o presidente da Diagonal, o fator segurança do investimento deve alavancar o mercado imobiliário no pós crise

A paralisação momentânea das atividades econômicas não deve alterar a programação de lançamentos de empreendimentos da Diagonal Engenharia. De acordo com o presidente da construtora, João Fiúza, “vamos tentar manter os lançamentos para o segundo semestre, mas óbvio que vamos analisar como estará o mercado”. Assim, os empreendimentos Connect Beira Mar e Connect Meireles, que têm uma proposta mais moderna, de apartamentos compactos e práticos, com administração externa do condomínio, estão mantidos. Ambos – o primeiro na Ildefonso Albano e o outro na Virgílio Távora – vão inaugurar a parceria da Diagonal com a House, do grupo Vitacon. “A House vai fazer a gestão do empreendimento, que tem um conceito muito diferenciado, residencial com serviços”. Fiúza também está animado com a possível transferência de recursos que estão aplicados. “A taxa de juro caiu mais uma vez, o dólar alto também facilita, porque o Brasil se torna um país barato. E quem tem suas reservas, quer investimento seguro. A bolsa está muito incerta, os grandes players devem colocar seus recursos em projetos produtivos e a construção civil se torna a melhor opção”, avalia.

Por uma nova educação superior
Uma das maiores autoridades em educação no mundo, Mozart Ramos, vice-presidente do conselho do Instituto Ayrton Senna, defendeu durante a live do Lide Ceará, ontem (7), que “não dá pra pensar na mudança na educação básica sem pensar na mudança do ensino superior”. Para o catedrático da USP, “a academia está afastada da educação básica, não entende a escola pública”. “O mundo mudou, a universidade pública e a particular precisam entender que agora estamos diante de uma nova realidade”, prossegue.

Mudança
Durante o debate sobre educação, Mozart afirmou que “quando começar de novo o processo econômico e a sua dinamicidade, boa parte parte disso (o modelo de ensino antigo) vai voltar”. “O que não vai voltar é que aprendemos que atividades não presenciais aliadas às atividades tradicionais passam a ser um elemento altamente estratégico para as universidades na formação dos alunos”.

Modelo fordista
O educador afirmou ainda que “a universidade precisa sair do ano de 1916, quando Henry Ford pensou a produção de automóvel em série”. “Nós formamos nossos alunos exatamente como Ford produzia automóvel em série”. Para Mozart, “o problema está no próprio modelo de ensino superior que nós temos, principalmente aqui no Brasil, onde as questões políticas se sobrepõem aos interesses pedagógicos e acadêmicos”.

Adaptação já em curso
O presidente da BSPAR, Beto Studart, reuniu virtualmente os principais representantes do setor imobiliário no Ceará. O ex-presidente da FIEC queria ouvi-los sobre como eles projetam a conjuntura pós pandemia. A ideia era sentir o termômetro para que a BSPAR também possa se planejar para os próximos meses. A surpresa é que até os mais cautelosos afirmaram que aos poucos a tendência é que o mercado se adapte à nova realidade, independente de qual seja. Adaptação, destacada por eles, que já começa a acontecer em meio à pandemia, com a utilização de ferramentas como as redes sociais, que muitos ainda relutavam em usar.

Transformações serão constantes, afirma Viviane Senna
Devemos nos acostumar a novos padrões no pós pandemia, não apenas na economia. O alerta é da presidente do Instituto Ayrton Senna que, durante o último encontro virtual do grupo, afirmou que os líderes precisam trabalhar novas competências e fortalecer a capacidade de educação nos modelos de educação. “Vão acontecer eventos inesperados, situações ambíguas, complexas. Este é o novo padrão de mundo que está chegando, a covid-19 é só um exemplo e um acelerador disso”.

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