Economia

Coluna Adriano Nogueira
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O governador Camilo Santana deve anunciar, ainda este mês, a criação do Centro de Tecnologia e Cultivo Protegido, em Barbalha, na sede da antiga usina de açúcar Manoel Costa Filho. Hoje, às 11h, uma reunião na Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), vai tratar sobre a estrutura e orçamento que o centro precisará, informa o secretário executivo de Agronegócio da pasta, Sílvio Carlos Ribeiro. A ideia é “Transformar a agricultura cearense em algo mais moderno”. “Cultivar sob estufa e com alta tecnologia propicia uma série de ganhos para o produtor, como economia de insumos, aumento da produtividade, maior renda e produção em qualquer época. Queremos estimular que se faça no Cariri o que o pessoal da Ibiapaba já está fazendo”, detalha.

De acordo com Ribeiro, a escolha do local se deve porque “o Cariri tem maior potencial de expansão e influência em regiões próximas, como Centro-Sul”, e também porque a usina desativada, de propriedade da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), tem uma área adequada para o projeto (cerca de 6,6 hectares) e localização privilegiada para escoamento da produção. A aposta da Sedet, chefiada por Maia Júnior, será em “frutas e hortaliças; flores e plantas ornamentais e criação de tilápia e de camarão com tecnologia de recirculação de água”.

Parcerias no Brasil e no exterior
Sílvio Carlos também adiantou que o centro vai contar com parcerias nos setores públicos e privados. Já há uma parceria em andamento, com a Universidade de Bergen, na Holanda, para cooperação técnica. É essa a instituição que está colaborando com a formatação definitiva do projeto, assim como dos tipos de estufa – das mais convencionais às de vidro, com controle de pressão atmosférica – que serão mais adequados para assim definir o custo final. As universidades federais do Ceará (UFC) e do Cariri (UFCA) também serão parceiras.

Depois da chuva
Com o projeto finalizado ainda em janeiro, as obras civis devem começar “logo após a quadra chuvosa, o centro deve estar funcionando no segundo semestre”, projeta o secretário-executivo. De acordo com ele, a Universidade de Campinas (Unicamp), os institutos federais, o Centec e o Sebrae também serão parceiros.

Show room
Outro fator que deve baixar os custos de implantação é que o Centro de Tecnologia e Cultivo Protegido também terá parceria com o setor privado. “A nossa ideia é que seja uma espéie de show room de empresas fornecedoras de insumos, que possam demonstrar lá. Ganha o centro, com receita, e o produtor, com novas tecnologias”, detalha Sílvio Carlos.

Bonde elétrico
O bonde elétrico da Avenida Beira Mar, em Fortaleza, deverá incentivar o turismo, destaca o secretário da Infraestrutura, Lucio Gomes. Para ele, o empreendimento tem a proposta de complementar a infraestrutura da capital cearense e não deve substituir outros modais. “O bonde vem percorrendo um traçado novo para estruturar melhor o turismo”, destacou. O trajeto previsto na licitação, cujo recebimento de propostas será a partir do próximo dia 28, ligará o Mercado dos Peixes ao Centro. O projeto deve custar R$ 214,8 milhões, sendo 15 meses de obras. O equipamento terá entre dois e três carros, com capacidade para transportar cerca de 230 passageiros.

Mudanças no comando do Hapvida
O vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores do Sistema Hapvida, Maurício Fernandes Teixeira, vai acumular as funções de diretor-superintendente Financeiro e de Relações (CFO) da companhia, após renúncia do antigo CFO, Bruno Cals, que segue como membro do Comitê de Finanças e Mercado de Capitais do Hapvida. A mudança foi anunciada ontem (4), em fato relevante divulgado para o mercado.