Economia

Ceará deve crescer mais que o Brasil em 2019, avalia economista

Pesquisa de Expectativas dos Especialistas em Economia, divulgada ontem, mostra otimismo. Para Ricardo Eleutério, PIB cearense pode avançar 1,5% em 2019.

O equilíbrio das contas públicas somado à atração de capital privado e público deverá fazer com que o estado do Ceará feche o ano de 2019 com crescimento econômico maior do que o registrado nacionalmente. Em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado avançou 1,01%, um pouco abaixo do resultado nacional, de 1,1%.

“A gente espera um aumento em torno de 0,3 ponto a mais do que o registrado no Brasil. Se a gente fechar o País com um crescimento de 1,2%, teremos 1,5% no Estado este ano”, projeta o economista Ricardo Eleutério, analista econômico da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), referente aos meses de novembro e dezembro. O levantamento é realizado através de uma parceria entre a Fecomércio-CE e o Conselho Regional de Economia (Corecon-CE).

O estudo, divulgado ontem, revela que aumentou para sete o número de variáveis positivas analisadas em relação à pesquisa anterior: juros (153,7 pontos); evolução do PIB (144,5 pontos); oferta de crédito (131,2 pontos); gastos públicos (128,4 pontos); inflação (128,0 pontos); cenário internacional (114,7 pontos) e nível de emprego (106,4 pontos). Apenas duas variáveis foram analisadas com pessimismo: taxa de câmbio (88,9 pontos) e salários reais (67,4 pontos), que mais uma vez atingiu a menor pontuação. Para comparação, as taxas indicam otimismo acima de 100 pontos, sendo, abaixo dessa pontuação, consideradas pessimistas.

Segundo Ricardo, os dados refletem que, para o ano que vem, o clima é de mais investimentos por parte das empresas e um chamado “círculo virtuoso” nos principais setores da economia. “Quando se tem um cenário se favorecendo como esse que estamos notando, a expectativa é de que os empresários invistam mais, o desemprego tende a reduzir, gerando um maior poder de compra das famílias e aquecendo a economia”, comenta. Com relação aos dados negativos, ele explica: “Tivemos a alta do dólar que afeta diretamente o câmbio e o aumento de preços da carne e do combustível, que refletiram no salário real”. Ainda de acordo com o economista, a inflação deverá ficar abaixo do esperado para 2019 (de 4,25% para em torno de 3,84%) e a captação das empresas no mercado de ações em 2020 deverá ficar em torno de R$ 120 bilhões, acima dos R$ 80 bi esperados para 2019. A pesquisa tem periodicidade bimestral e colheu as expectativas de 121 economistas.

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