Economia

Ceará abre mais de 110 mil empresas em 2021, avanço de 15%

As cidades com maior número de registros no mesmo período foram Fortaleza (52.742), Caucaia (4.692) e Juazeiro do Norte, 3.975

Até março deste ano a Jucec espera estar operando com 100% da isenção de todas as taxas. Foto: Divulgação.

Redação O Otimista
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O Estado do Ceará findou 2021 com aumento de 15% de registro de novas empresas em comparação ao mesmo período do ano anterior. No total, foram 110.052 novas empresas, o que representa saldo – aberturas menos fechamentos – de 71.225 em relação a 2020. Os dados são da Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), autarquia vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).

As cidades com maior número de registros no mesmo período foram Fortaleza (52.742), Caucaia (4.692) e Juazeiro do Norte, 3.975. O mês de janeiro apresentou o maior número de registros (11.219), especialmente no setor de prestação de serviços.

Das constituições citadas em 2021, 83% foram registradas como Microempreendedor Individual (MEI), com diferença de 16.625 novas aberturas em comparação a 2020, seguido da Sociedade de Responsabilidade Limitada (LTDA), com 11.635 , e o de Empresário, com 5.492. O setor que mais se destacou foi o de serviços, totalizando 60.324 novas empresas. Em seguida vem o comércio, com 39.304 novas constituições e a indústria, com 10.422.

Celeridade
Em 2022 a tendência é que esse número seja ainda mais acentuado. Impulsionado pelas medidas que estão sendo adotadas pelo governo do Estado para a simplificação dos registros, desde o último dia 4 de janeiro é possível abrir uma empresa na Jucec de forma rápida e sem o pagamento de taxas.

A rapidez está sendo possível em razão da utilização do sistema de registro automático, que é aprovado pela Junta Comercial em questão de minutos, o que torna o procedimento mais rápido e transparente, sem intervenção humana, pois o sistema permite o cruzamento de dados.

“Estamos possibilitando o registro automático de empresas, com prazo de 30 a 5 minutos, com a isenção total dos valores. Agora, iniciamos a primeira etapa. O trabalho está em evolução visando a isenção e licenciamento automático em todos os órgãos que fazem parte da cadeia empresarial. Em março de 2022 pretendemos estar operando 100% com a isenção não só na Jucec, mas nos demais órgãos de registro e a empesa registrada em no máximo cinco minutos”, explicou o vice-presidente da Junta Comercial, Caio Rodrigues.

Para o economista Fábio Castelo Branco, membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), o aumento da quantidade de empresas no Ceará pode ser explicado tanto em razão da facilidade quanto da necessidade das pessoas de saírem da informalidade. “A facilidade com a redução do tempo para a abertura de uma empresa no Ceará tem sido fundamental para esse avanço. É preciso considerar e reconhecer que o estímulo, celeridade e incentivo é positivo, pois na medida que se incentiva a abertura de novos negócios, se fortalece o empreendedorismo e, no final se gera mais empregos, renda, crescimento, movimenta a economia e possibilita maior qualidade de vida para as famílias em todo esse contexto”, destacou.

Ceará ganha 54,9 mil microempreendedores individuais em 2021

O Ceará ganhou 54.968 microempreendedores individuais (MEIs) em 2021, segundo dados do Portal do Empreendedor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O número passou de 353.069, em dezembro de 2020, para 408.037, no mês passado. O que representa crescimento de 15,5%. No Brasil, o total de MEIs foi de 11,31 milhões para 13,28 milhões em igual período, avanço de 17,4%, ou 1,96 milhão de microempreendedores.

“São trabalhadores que estavam na informalidade e que, em algum momento, para facilitar a comercialização dos seus produtos ou serviços, aderiram ao MEI. Em razão da pandemia de covid-19, muita gente perdeu o emprego com carteira assinada e por conta da necessidade de sobrevivência e para a abertura do próprio negócio, aderiu a esse tipo de segmento, principalmente do comércio online, pois é uma venda mais barata, facilita o marketing pelas redes sociais”, avaliou o economista Fábio Castelo Branco.

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