Produção integra o gênero ‘True Crime’, que está fazendo sucesso em todo o País, com conteúdos documentais ou ficcionais sobre crimes reais, em formato de séries, livros, filmes e podcasts
Thamy Cavalcante
O assassinato da atriz Daniela Perez chocou o País. Em 1992, a jovem de 22 anos foi brutalmente assassinada pelo colega de elenco na novela De Corpo e Alma (TV Globo) Guilherme de Pádua e sua esposa Paula Thomaz. Três décadas após o ocorrido, a série documental Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez aborda as investigações e materiais de arquivo para entender o que realmente aconteceu e apresentar a tragédia para uma geração que não conhece a história. Na próxima quinta-feira (28), os três episódios finais serão disponibilizados na plataforma de streaming, HBO Max.
A série traz relatos inéditos da autora Gloria Perez, mãe da vítima, e revisita o caso com autoridades envolvidas no processo. Além disso, Familiares e amigos próximos de Daniella também relembram a trajetória de vida e o momento da morte da atriz. A produção conta ainda com imagens fortes, que mostram detalhes do assassinato.
Dirigido por Tatiana Issa e Guto Barreto, o documentário já entrou no hall de grandes produções brasileiras do gênero True Crime. As cenas passam ao espectador a dor dos relatos das pessoas mais próximas, como o viúvo da vítima, o também ator Raul Gazolla. A riqueza de detalhes fornecida por Gloria Perez e pelos investigadores é ilustrada com fotos e arquivos reais, para ajudar o público a entender os acontecimentos.
Muitos depoimentos são vistos na produção, porém a ausência de declarações de Guilherme de Pádua ou de Paula Tomaz, ou mesmo de pessoas ligadas aos criminosos, chama atenção.
Em entrevista ao site Omelete, o diretor e roteirista Guto Barreto explicou a escolha. “A gente decidiu duas coisas logo de cara. A primeira de que não íamos dar voz aos assassinos e a segunda de que não íamos usar dramatizações. Primeiro por respeito à Dani, à memória dela, à família dela… Não queríamos usar encenações, atores simulando o crime, porque isso é muito óbvio. Preferimos manter a dramatização na sutileza, no medo que espreita no escuro… Queríamos colocar o espectador no sentimento que aquilo causa, muito mais que no visual”, explicou.
Os assassinos
Guilherme foi condenado a 19 anos de prisão, cumpriu sete em regime fechado e teve direito à liberdade condicional. Atualmente, Pádua atua como pastor em uma igreja evangélica em Minas Gerais. Já sua então esposa, Paula Thomaz, foi condenada a 18 anos e seis meses de prisão, também cumpriu sete e foi posta em liberdade condicional. Hoje, os dois são casados com outras pessoas.
No último domingo (24), três dias após a estreia dos episódios iniciais, o ex-ator foi às redes sociais para comentar a série e afirmou que a produção “É totalmente parcial”.
O pastor revelou que assistiu a Pacto Brutal no dia da estreia. “Não vou me fazer de vítima, mas não é nada agradável (essa situação)”, afirmou. “Já passei noites tentando consertar, mas não tem como consertar o passado”. Pádua faz inúmeras críticas à produção: “Você vai assistir a uma série totalmente parcial. Um trabalho jornalístico pretende trazer todas as provas, apresentar as evidências”, disse. “E a HBO tinha condições de fazer uma coisa bastante completa e dar a nós, espectadores, o direito de fazermos a nossa própria análise. A HBO perdeu essa oportunidade”, continuou.
Hoje aos 52 anos, Pádua disse que cogita “trazer algumas coisas” sobre o caso, sem especificar exatamente o quê. “Pode aguardar. Se eu trouxer alguma coisa de novidade, eu vou dar a você a oportunidade de tirar as suas conclusões”, confirma.
Confira o Trailer:
Serviço
Série documental Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez
Disponível na HBO Max
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